Sou uma ilha…
Esse é o mantra de quase todo cirurgião que já conheci.
Gostamos de pensar que somos independentes.
Solitários. Dissidentes. Que tudo que precisamos
para fazer nosso trabalho é uma S.O., um bisturi e um corpo.
Mas a verdade é que nem o melhor consegue sozinho.
A cirurgia, como a vida, é um esporte de equipe.
Eventualmente, você tem que levantar do banco e decidir:
em que time você joga?
O problema de escolher times na vida real
é que não tem nada a ver com a escolha da aula de ginástica.
Ser a primeira escolha pode ser aterrorizante.
E ser escolhido por último…
não é a pior coisa do mundo.
Então assistimos da lateral do campo.
Apegados ao nosso isolamento.
Pois sabemos que assim que saímos do banco…
Alguém chega e muda o jogo completamente.