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How Your Heart Is Wired

janeiro 4, 2009

Da arte de ter um Blog

Em da ousadia de ter um blog falo do fazer este blog surgido de uma simples idéia: guardar certos diálogos e passagens, capazes de despertar a parte não revelada das manifestações ocasionais do ser. Esta assertiva, apenas trata de uma parte do revelado, mas não do sentir que isso desperta.

Poder guardar as sensações estéticas do tipo quando se vê um filme, ou ouve uma boa música é poder recordar o que valeu a pena. Quando digo sensações estéticas, trato das coisas que faz sentir alguém mais vivo e querer abraçar o mundo. Tal qual como ao ver um filme inspirador, como The Curious Case of Benjamin Button, ou poder escutar a trilha sonora da vida tocando.

Afinal de contas a vida em si mesma não tem trilha sonora, mas podemos colocar para tocar músicas nos momentos vividos. Igual quando vi um comercial do Bradesco ou da Ford tratando do “inovar” e do “novo” respectivamente. Ter a possibilidade de expressar o sentir despertado e guardar em um lugar para recordar, além da memória, é um privilégio.

Romântico por demais, não? Pois, vale a pena ter sempre um jeitinho para estar conectado com as coisas boas, e que fazem valer a pena. Não se prender apenas as expectativas, passar a bola no meio de suas pernas. Colocar em prática esta idéiasignifica desejar menos, que coisas boas sejam provenientes de reações ou ações dos outros e aconteçam tal qual se espera.

Digo isso, pois percebo a passividade em esperar e se realmente se quer algo simplesmente “faça”, seja de que jeito for. Se for desengonçado aprecie a espontaneidade. Se for certeiro vibre pelo acerto. Se for da forma errada aprenda.

Como é bom fazer um lugar onde se possa desfrutar de leituras confirmatórias do que se faz acreditar. Melhor dizendo como Maria do Carmo Tavares de Miranda em uma reportagem do Jornal do Comércio de 4 de janeiro de 2008, ao ser questionada sobre as leituras de Heidegger e as influências na sua religião:

“Na verdade, minha fé só foi confirmada com as leituras que fiz na vida.”

Ela, não é apenas uma senhora qualquer, é uma Heideggeriana que conheceu Martin Heidegger. Teve o privilégio de presenciar seus seminários. Ler Heidegger e se identificar com o que ele escreve tem esse efeito nas pessoas.

A sensação de confirmação não se resume apenas pelo senso de adequação dos significados providos por sua obra, vai além. Melhor dizendo transcende (ultrapassa) as expectativas, pois no confirmar há uma fortificação do que se acredita e pode fazer acontecer, em suma, trata da fé.

Sem dúvida, com Heidegger aprendi a colocar manifesto os caracteres sub-reptícios do discurso de alguns.

Sem dúvida este é meu melhor motivo para citar tantas vezes Heidegger neste blog. Não só (con)firmar passos ao longo do caminho trilhado e das descobertas do dia a dia, mas também poder compartilhar e saber expressar isso. É a partir do expressar que se pode passear entre vários mundos, cada pessoa é um mundo, cada experiência pode ser capaz de mudá-lo.

A despretensão e o bom humor em lidar com tudo isso pode levar a uma descontração quebrando a seriedade de certos aspectos do viver. Nada melhor do que ter bom humor, como conteúdo para encarar tudo e todos a sua volta apresentado-se contrários e resistentes.

Afinal de contas, ter conteúdo importa, sobretudo, não para impressionar, mas para ampliar novos horizontes. Conversar com pessoas que possuem pontos de vista diferentes pode acrescentar algo, desde que não haja intransigência é sempre bem vindo.

Talvez, este espaço, em que me sirvo de reflexões, não reflita uma organização emocional ou financeira, enquanto sou um relez concurseiro. Entretanto, há pelo menos um luzir da imprevisibilidade das minhas circunstâncias. Sobretudo, pautada na espontaneidade das minhas concepções, abertas para novas experiências e formas de pensar. Servindo sempre para expandir o horizonte da arte que chamo de vida retratada neste blog.

Postado ao som de Bell X1 – How Your Heart is Wired